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Especialistas defendem investimento imobiliário em mercados lusófonos

A aposta do investimento nos mercados imobiliários lusófonos como forma de contornar as dificuldades que o país vive internamente, foi uma das ideias defendidas durante a conferência Prime Yield, que juntou em Lisboa perto de três centenas de agentes do sector.

Esta ação, subordinada ao tema “O Investimento Imobiliário nos Mercados Lusófonos”, surge numa altura em que as atenções se centram cada vez mais em países como Angola e Brasil, cuja situação económica e conjuntural tem sido geradora de oportunidades.

Nelson Rêgo, diretor-geral da Prime Yield, explica que são vários os fatores que unem estes mercados a Portugal, a começar pela língua.

«Acima de tudo porque há um denominador comum entre todos que é a nossa língua. Língua essa que é transversal e que nos permite comunicar com todos estes países. Depois existem características similares nalguns dos processos, nomeadamente em termos jurídicos, no licenciamento. Existe por outro lado um conjunto de oportunidades que neste momento não existem em Portugal. Daí que, em nossa opinião, é determinante que promotores imobiliários portugueses e investidores institucionais olhem para mercados emergentes como é o caso de Angola, como é o caso do Brasil, como é o caso de Moçambique, ou mesmo de Cabo Verde».

A ideia é partilhada por Luís Lima, presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, que defende que Portugal deve avançar para outros mercados.

«Portugal é um país pequenino, mas Portugal precisa de crescer. Internamente estamos com imensas dificuldades, portanto temos de avançar para outros mercados. E estas ligações, como o caso da criação da CIMLOP, vão permitir poder juntar sinergias (…). O Brasil está numa situação extremamente positiva, com uma economia extremamente favorável, Angola está a passar algumas dificuldades mas é um país que tem um potencial enorme e Portugal pode partilhar com estes países a sua experiência, pode juntar sinergias… Há várias sinergias que nós podemos concertar no interesse de todos os países», defendeu.

Veríssimo Pinto, presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, confirma a existência de inúmeras oportunidades neste país, e que merecem ser exploradas.

«Temos várias oportunidades no segmento imobiliário, do turismo, de serviços… Há hoje uma linha de crédito CGD Cabo Verde no valor de 200 milhões de euros, na Bolsa também tem várias oportunidades com taxas de juro e com rendimentos bastante atrativos».

«O sector da Construção Civil tem tido oportunidades muito atrativas na construção de portos, aeroportos, estradas -, o sector turístico também tem tido uma alavancagem muito positiva apesar da crise internacional o sector de serviços, de indústria, portanto são todas as áreas que em Cabo Verde vale a pena investir».

A conferência Prime Yield decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, e pretendeu fazer passar uma visão tão abrangente quanto possível sobre todos os mercados do espaço lusófono onde a empresa de consultoria está hoje presente.

Fonte: Casa Sapo/Prime Yield

Prime Yield. Damos Valor ao Seu Futuro. RICS